Resultados do fórum para o elenco: Luísa de La Vallière

Uma visão geral de todas as candidatas ao papel de Luísa de La Vallière, de acordo com www.angelique.international

Luísa de La Vallière no romance de Anne Golon ...		... & the real Louise
(p. 225) A favorita do rei, a Srta. de La Vallière, tinha a boca grande. Ela também coxeava. As pessoas diziam que isso lhe dava uma graça especial e que não a impedia de dançar maravilhosamente, mas o fato lá estava: ela coxeava. Ela não tinha peito. As pessoas a comparavam a Diana, falavam sobre o encanto dos seres hermafroditas, mas o fato lá estava lá: ela tinha o peito chato. Sua pele era seca. As lágrimas causadas pelas infidelidades reais, as humilhações na corte e remorso tinham colocado anéis escuros ao redor de seus olhos. Ela estava ficando magra e ressecada. Finalmente, como resultado de sua segunda maternidade, sofreu um desconforto íntimo, do qual somente Luís XIV conhecia os detalhes. Luís XIV... e o Poeta Pobre. E, de todas essas desvantagens ocultas ou públicas, também das físicas, ele fez um panfleto surpreendente, cheio de inteligência, mas tão perverso e grosseiro que até mesmo os cidadãos menos prudentes evitavam exibi-los às suas esposas, que imediatamente os pediam aos seus lacaios. Se sois coxa e tendes apenas quinze anos, Se não tendes peito para vos vangloriar nem sentimentos, Se tivestes pais só Deus sabe como, Se fazeis vossos filhos nas antecâmaras, Então, tereis o primeiro homem no reino e ela vos amará, Pois La Vallière é disso a prova. GOLON, Anne e Serge. Angélica a caminho de Versalhes. São Paulo: Círculo do Livro, 1987. (p. 38) Ao lado do rei estava a amazona de gibão vermelho. Animada pelo ardor da corrida, a fisionomia um pouco magra, e sem a verdadeira beleza da favorita, tingia-se de rosa. Angélica achou-lhe um encanto frágil que lhe despertou uma secreta piedade. (p. 221) Na casa onde fora reservado abrigo à favorita, Angélica pressionou os lacaios a que avivassem o fogo, fez passar o aquecedor entre os lençóis úmidos, preparou uma tisana e pôs a Srta. de La Vallière na cama com uma autoridade que não encontrou réplica. Estendida sob as cobertas que Angélica acrescentara, ela parecia extremamente frágil. O epíteto de “descarnada” que lhe atribuíra outrora um panfleto venenoso não parecia exagerado. Os ossos sobressaíam-lhe na pele. Estava no sétimo mês de gravidez, a quinta em seis anos. Não tinha senão vinte e três anos; e já atrás de si um deslumbrante romance de amor e, pela frente, uma longa vida de lágrimas ardentes a derramar. (p. 385) Na antecâmara da rainha, Angélica encontrou a Sra. de Montespan, rodeada por suas damas e terminando de se aprestar. Luísa de La Vallière, de joelhos a seus pés, espetava alfinetes. [...] La Vallière, novamente ajoelhada aos pés da rival, ergueu para Angélica os olhos azuis, baços no magro semblante. GOLON, Anne e Serge. Angélica e o rei. São Paulo: Círculo do Livro, 1987.