O Conde de Peyrac em roupa de diamantes
Quando se voltou, o Conde de Peyrac colocava a espada em seu boldrié constelado de diamantes. [...] O conde estava inteiramente vestido de negro e prata. Seu manto de chamalote preto era velado por uma renda de prata segura por pontos de diamantes. Deixava ver um gibão de brocado de prata ornado com rendas negras de ponto delicadíssimo. As mesmas rendas com três folhos pendiam dos joelhos, sob a rhingrave de veludo escuro. Os sapatos tinham fivelas de diamante. A gravata, que não tinha forma de volta, mas de amplo laço, também era bordada de minúsculos diamantes. Nos dedos, uma infinidade de brilhantes e um enorme rubi. O conde pôs na cabeça o chapéu de feltro com plumas [...]. (Angélica, Marquesa dos Anjos. Círculo do Livro, 1987, p. 331-332)
Joffrey de Peyrac vestido de negro
Ele já não vestia seu traje vermelho. Envergava uns calções e um gibão de veludo negro muito curto, que deixava expostas a cintura e as mangas de uma fina camisa de cambraia. (Angélica, Marquesa dos Anjos. Círculo do Livro, 1987, p. 205)
Filipe como um pavão nas Tulherias
Ele, que sempre vestira roupas claras, ostentava nesse dia um extraordinário traje azul-pavão, com espessas botoeiras de bordados de ouro sem intervalos. Sempre na vanguarda da moda, ele já tinha dado ao seu casaco a nova forma de ampla saia, que a espada levantava atrás. Seus punhos eram belos, mas os canhões eram quase inexistentes e o calção apertava estreitamente os joelhos. Os que ainda usavam rhingrave ruborizavam-se ao encontrá-lo. Belas meias escarlates com quadrados de ouro acompanhavam os tacões vermelhos de seus sapatos de couro com fivelas de diamantes. Debaixo do braço, Filipe trazia um pequeno chapéu de castor, tão fino que se diria de prata velha polida. As plumas eram de cor azul-celeste. Com sua peruca loura cascateando sobre as espáduas, Filipe du Plessis-Bellière semelhava um belo pássaro aprumado sobre os esporões. (Angélica a caminho de Versalhes. Círculo do Livro, 1987, p. 420-421)
Os laços ensanguentados de Filipe du Plessis-Bellière
Filipe du Plessis-Bellière desceu a escadaria ao seu encontro, tendo na mão o bastão de pé de corça. Tivera tempo para vestir um uniforme reluzente, também vermelho, porém com quarenta botoeiras douradas, horizontais, e vinte verticais sobre os dois bolsos. Suas botas de couro amarelo tinham tacões vermelhos, com esporas de prata dourada. “Ele tem a perna tão bem-feita quanto a do rei”, comentou alguém próximo a Angélica. [...] Seu rico casaco de seda, com rendas e passamanarias, foi imediatamente inundado de sangue. (Angélica e o rei. Círculo do Livro, 1987, p. 47-48)
Casaco cor-de-rosa de Filipe em apresentação de peça teatral em Versalhes
A voz era tão afável que Angélica pensou estar sonhando ao deparar com Filipe empertigado, a seu lado, à sua maneira de aparição, em um casaco de cetim cor-de-rosa brocado de prata, que somente sua tez amêndoa e seu bigode louro permitiam-lhe envergar sem parecer ridículo. (Angélica e o rei. Círculo do Livro, 1987, p. 100)
Filipe em um gibão de pele branca
Filipe estava cingido por um gibão de pele branca, guarnecido com largos bordados em prata. O colarinho e as dobras das mangas eram forrados com uma peliça na mesma cor loura de sua peruca. Ele avançava a passo uniforme, em suas botas de couro branco e galões prateados. Ao saltar do cavalo, havia arrancado as luvas. Suas mãos estavam nuas. A direita empunhava uma faca de caça afiada, com cabo de prata. (Angélica e o rei. Círculo do Livro, 1987, p. 132)
Filipe de sobrecasaca cinza-prateada
Ele ainda vestia a sobrecasaca de caça cinza-prateada guarnecida com pele negra, chapéu negro com uma única pluma branca e longas botas negras cobertas de lama e neve derretida. Nas mãos, protegidas por luvas também negras, trazia o longo chicote para cães. (Angélica e o rei. Círculo do Livro, 1987, p. 183)
Traje de cetim branco bordado a ouro de Filipe du Plessis
“O mais belo, sem dúvida”, pensou Angélica, contemplando-o, esbelto e magnífico, em seu traje de cetim branco bordado a ouro. O punho da espada era de ouro fino. E dourados, os tacões dos calçados de couro branco. (Angélica e o rei. Círculo do Livro, 1987, p. 237)
Joffrey de Peyrac assustando a comunidade de Tadoussac
Naquele momento, era essa máscara que chamava a atenção, e depois, em sua vestimenta, uma estrela de diamante de uma beleza sem par, suspensa em seu pescoço por uma larga fita de seda branca e que resplandecia sobre seu gibão de tafetá azul-noite, trabalhado com minúsculos bordados de prata. Fora isso, havia no resto de sua indumentária uma simplicidade que a aproximava da moda inglesa, o que não deixava de causar uma obscura inquietação nas pessoas do lugar, que, uma geração antes, haviam visto os ingleses em Tadoussac, uma ocupação de vários anos pelo inimigo. (Angélica e o complô das sombras. Círculo do Livro, 1989, p. 126)
Vestimenta vermelha do conde de Peyrac no novo mundo
O Conde de Peyrac entrou por sua vez, soberbamente vestido de vermelho. [...] Enfiava sem pressa as luvas de couro preto trabalhadas em prata e quase sorria. (Angélica e o Novo Mundo. Círculo do Livro, 1988, p. 219)
Vestimenta de Colin
Ele envergava uma sobrecasaca de com mangas de largos punhos bordados com sutache dourada, atravessada oor um largo boldrié carregado de armas [...]. (A tentação de Angélica. Círculo do Livro, 1988, p. 172)
Joffrey em veste cor de açafrão
Joffrey de Peyrac surgiu que se que de imediato numa roupa de cetim cor de açafrão, à moda francesa, gibão aberto sobre uma longa veste bastante bordada, uma verdadeira maravilha. (A tentação de Angélica. Círculo do Livro, 1988, p. 398)
Nicolau de Bardagne em Tadoussac
Ele usava um capote de gola alta igualmente bordado, amarrado com borlas de fios de ouro, e cujas abas estavam negligentemente jogadas para trás. As fivelas de seus sapatos de couro fino com saltos muito altos rutilavam também. Com um gesto amplo, ele levou a mão ao chapéu guarnecido de plumas e se inclinou numa profunda reverência palaciana. (Angélica e o complô das sombras. Círculo do Livro, 1989, p. 195)
A vestimenta do almirante
O jovem almirante avançou a passos lentos, arqueando a barriga da perna, que tinha muito bonita numa meia vermelha com bordados de ouro, pousando com cuidado seu fino calçado de salto recoberto de couro encarnado sobre o chão viscoso. Seu traje era azul e muito bordado, com grandes abas vermelhas e um espesso cinto branco com franjas, os folhos e os punhos de renas preciosas, o chapéu, tão rico em plumas, que, sob o vento, dava a impressão de um ninho de pássaros prestes a alçar voo. (Angélica indomável. Círculo de Livro, 1988, p. 92)
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Estilistas, alfaiates e costureiras
• No início, as mulheres dominam a indústria da moda, ajudam a criar vestidos que destacam o corpo da mulher e que são confortáveis ao mesmo tempo.
• Os salões mais importantes: Mme. Villeneuve, na Place des Victoires, o salão Mme. Rémond e o salão Mme. Charpentier, na rue Montorgueil.
• Pela regulação de 1675, fundou-se uma associação de costura feminina que podia costurar apenas para mulheres e crianças, mas não podia confeccionar vestidos de festa. Os vestidos festivos eram projetados apenas por alfaiates masculinos a partir dessa época.
A moda masculina é dominada por casacos vermelhos: a chegada de Luís XIV a Arras (30 de julho de 1667).
As partes da roupa
O básico da roupa masculina é composto de calça, colete, camisa, gravata, jaqueta (gibão) e sapatos. Na roupa barroca encontram-se todas os componentes do terno do homem de hoje, embora em uma forma um tanto diferente. Tudo é muito elevado, ornamentado e delicado.
• As calças são bastante apertadas em um joelho ou debaixo dos joelhos.
• Jaqueta dupla/jaqueta com mangas largas e uma abundância de botões que disfarçam os bolsos e fenda na parte de trás, originalmente motivado pelo conforto durante a equitação. Ambos os elementos serão mantidos até nosso tempo.
• O colete tem cor diferente do casaco, que muitas vezes é florido.
• As mangas da camisa saem de debaixo da jaqueta. Os punhos estão decorados com renda.
• O colarinho é coberto por uma gravata decorada com folhos de renda - chamada smoking, precursora da gravata ou laço de hoje. Era principalmente uma espécie de lenço de renda em torno do pescoço do homem, que tinha inúmeras formas.
• As meias são feitas de seda em cores pastel.
As gravatas
Moda dos casacos masculinos de cintura baixa
Moda dos marechais franceses
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